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IGREJA DA ABADIA

AS IGREJAS MEDIEVAIS DESAPARECIDAS

Entre os séculos X e XIII foram construídas várias igrejas, das quais apenas restam alguns vestígios arquitetónicos na cave da igreja atual e vários elementos decorativos no museu do mosteiro. Da última construção românica resta apenas o braço sul do transepto, que é atualmente uma zona de passagem para a sacristia, a capela barroca dedicada a São Domingos e a porta das Virgens, pela qual se acede do transepto ao claustro.

Apesar destes escassos vestígios, as sucessivas igrejas de Silos, que desapareceram, despertaram o interesse dos historiadores da arte para determinar a cronologia e a história da construção do mosteiro e a sua relevância para a compreensão da arquitetura dos reinos cristãos nestes séculos. Por outro lado, os vestígios arqueológicos e arquitetónicos, as diversas referências documentais e os planos elaborados aquando da destruição dos edifícios medievais para a construção da igreja neoclássica, permitiram aos investigadores a elaboração de diversas propostas cronológicas e fases de construção, bem como a reconstrução dos espaços arquitetónicos.

De forma sintética, assinalámos as várias igrejas cujas alterações e ampliações se sobrepõem umas às outras. A primeira igreja pré-românica do século X, da qual pouco resta no subsolo, tinha possivelmente uma pequena nave retangular, com uma possível porta ao pé e no muro parede sul, e uma cabeceira quadrada. Em meados do século XI, com a chegada de Domingos e a renovação do mosteiro, foi construída uma nova igreja de maiores dimensões: uma igreja com três naves e quatro tramos, divididos por pilares circulares, e uma cabeceira de triplo abside, semicirculares no interior e retos no exterior; tinha provavelmente várias portas nas suas três fachadas, ligando as do muro sul ao claustro.

A primeira intervenção românica, realizada entre os finais do século XI e os primeiros anos do século XII, consistiu na ampliação oriental do templo, substituindo a anterior cabeceira por uma nova formada por três absides semicirculares e uma nave que, segundo as referências documentais, deveria ter um zimbório octogonal. Esta ampliação românica é a chamada igreja alta ou oriental, que completava a igreja baixa ocidental pré-românica. A segunda intervenção românica centrou-se na construção do transepto que seria realizada entre 1120-1130, do qual ainda hoje se conserva o braço sul. No seu lado ocidental, encontra-se a porta das Virgens, que dá acesso ao claustro.

Em meados do século XII, o antigo templo pré-românico foi ampliado na sua parte ocidental, construindo-se duas novas secções e uma fachada ao pé, da qual há referências em plantas antigas. A torre do lado norte também deve ter sido construída nesta altura.

As últimas intervenções românicas, realizadas nas últimas três décadas do século XII, consistiram na construção de um pórtico no lado norte da igreja, que fazia a ligação com o centro da vila. A sua existência é confirmada pelo grande número de vestígios arqueológicos, referências documentais e planimétricas. O tímpano do portal que ligava este espaço à igreja faz parte dos fundos custodiados no museu do mosteiro.

A IGREJA ATUAL

A atual igreja da Abadia de Silos é neoclássica, concebida com sobriedade e seguindo proporções clássicas que conferem harmonia, equilíbrio e proporcionam um ambiente de serenidade. A pedra visível após a limpeza de 1963 do reboco que a cobria na sua totalidade contribui para este facto. Nessa altura, a organização do espaço do espaço do templo foi adaptada às condições das celebrações litúrgicas estabelecidas pelo Concílio Vaticano II.

Ventura Rodríguez realizou o projeto da igreja em 1751-1752, dada a ameaça de ruína do templo românico. O longo processo de construção, que se prolongou até 1793, e as dificuldades económicas alteraram significativamente o plano original concebido por este arquiteto. As obras foram dirigidas pelo arquiteto Manuel Machuca y Vargas com a colaboração do monge do mosteiro e também arquiteto, Fray Simón Lexalde. A igreja tem uma planta cruciforme com um duplo abside semicircular simétrico, na cabeceira e nos pés. Os muros são divididos por pilastras simples, entre as quais estão colocadas placas geométricas. A cúpula monumental projetada sobre um tambor não foi construída e foi substituída por uma cúpula hemisférica simples, não decorada, sobre pendículos. A porta de entrada, construída em 1966, sobre um muro convexa, reduz-se a um vão em arquitrave com um frontão triangular sobreposto. Das duas torres projetadas, apenas a torre sul foi construída, com os corpos inferiores de planta quadrada e o superior cilíndrico com vãos circulares enquadrados por colunas sobrepostas sobre pilastras.

Em 1964-66, foi removido todo o pavimento da igreja neoclássica, descobrindo numerosos vestígios escultóricos, e foi criada uma cripta praticável no subsolo, na qual se conservam os vestígios das construções pré-românicas e românicas, que permitiram aos investigadores fazer diferentes interpretações das suas fases de construção.

CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS

A igreja é o espaço sagrado do mosteiro onde se realizam as celebrações litúrgicas da comunidade ao longo do dia: Vigílias, Laudes, Eucaristia e Terças, Sextas, Nona, Vésperas, Completas. Celebrações abertas ao público que deseje assistir.

© 2025 da edição eletrónica:

Ministério da Cultura, Turismo e Desporto Junta de Castilla y León

Edição cofinanciada por:

União Europeia. Fundos FEDER REACT EU Junta de Castilla y León

©Texto e imagens:

Inés Ruiz Montejo

Iconografia e significado dos capitéis e relevos do claustro

Imagens:

Direção Geral do Património Cultural. Junta de Castilla y León

Real Abadía de Santo Domingo de Silos

Planimetrias:

Adaptação da planimetria do mosteiro de Mariano Palacios, 1973

Adaptação da planimetria do claustro do Pe. Justo Pérez de Urbel, 1975

Traduções:

Albert Figueras Carreño. Tradumedia

Desenho da edição eletrónica:

Juan LLorens Grupo de Soluciones Estratégicas S.L.U.

Esta edição está incluída nas ações da TRANSROMANICA, Rota Europeia do Patrimônio Românico, reconhecida como Itinerário Cultural pelo Conselho da Europa em 2007, promovidas pela Direção-Geral do Patrimônio Cultural, Ministério da Cultura, Turismo e Desporto, Junta de Castilla y León.

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